
Recicle
Não caia na besteira de pensar que seu diploma não serve mais para nada. Independentemente do tipo de papel no qual ele foi impresso, você pode muito bem reciclá-lo (junto com os livros comprados na época da faculdade) e vendê-lo, dando início à recuperação do tempo e dinheiro perdidos. Parafraseando Fernando Pessoa, “reciclar é preciso, estudar não é preciso”.
Cante
Caso não queira se desfazer do papel emoldurado na parede da sala, corra para o banheiro. É lá, no chuveiro, que você vai treinar para ser cantor (se “Cumpadi” Washington consegue, você também consegue) e tentar ganhar uma grana com isso. Quando estiver preparado, volte para a sala, olhe para o diploma e solte a voz: “Você não vale nada, mas eu gosto de você...”. Quem canta, “gilmares” espanta.
Cozinhe
Falando no diabo, aproveite que Gilmar Mendes comparou a profissão de jornalista à de cozinheiro e siga a dica: apresente seu diploma em um restaurante. Tudo bem que comida requentada é pior que matéria requentada, mas, lembre-se de que você não está em condições de ficar escolhendo muito. A boa notícia é que, depois de provar a comida, já não é mais problema você dar uma “barrigada” (notícia falsa). Recomendável, entretanto, fazer isso no banheiro, e não no meio da redação, que pega, ou melhor, cheira mal.
Sorria
Se nenhuma das sugestões anteriores caiu bem até agora, não desanime. Sorria e faça as pessoas sorrirem com a sua desgraça (lá ela!). Se você não for uma pessoa engraçada, com jeito para contar piadas, treine. Comece contando algumas simplesinhas como esta: “O que significa um cigarro de maconha em cima de um jornal? Resposta: baseado em fatos reais”. Se as pessoas não rirem, faça piadas autorreferentes. A sua situação, com certeza, vai fazer a galera rir, e será o início de uma carreira brilhante como comediante.
Enfie
Se nada disso der certo, você só tem uma saída. Se ainda não sabe qual, seguem algumas dicas. Primeiro, observe atentamente o canudo. Comprido, cilíndrico... Percebeu? Pronto, agora reflita e deixe de besteira. Para quem passou a vida toda dando o “furo” – de reportagem –, não deve ser problema colocar um diploma na “retranca”.
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